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O Corpo Fala Quando a Boca Cala: Porque calar uma emoção nos destrói por dentro?

É do tipo de pessoas cuja razão e emoção vivem em conflito? Ao fim do dia, quando se tem por debaixo das cobertas, tudo daria para saber uma coisa. Esta coisa: como calar a minha emoção?


Quer saber outra coisa? Não há como. Porquê? Porque razão e emoção estão ligados.


A mente segue o sentimento e mesmo quando calamos emoções o corpo fala. O sistema energético humano mantém uma ligação profunda com o sistema emocional, que por sua vez mantém uma ligação com o sistema mental, que por sua vez sustenta todo o sistema de crenças, isto é, as coisas em que uma pessoa acredita. Basta um ligeiro desequilíbrio no sistema de crenças para atingir o sistema mental, que por sua vez atinge o sistema emocional, que por sua vez pode bloquear o fluir do sistema fisiológico, endócrino, enfim, energético.


A energia bloqueada provoca doenças. As mais variadas doenças, provenientes de bloqueios orgânicos, provocados por bloqueios emocionais, por sua vez provocados pela mente…

A mente é muito mais poderosa do que você imagina. E calar uma emoção é um suicídio lento.


Então, como fazer para deixar “falar” uma emoção? Entrar em si mesmo. Isto é das coisas mais eficazes para conseguir um efeito terapêutico em prol do seu bem-estar, recuperando harmonia.


São esses ‘mergulhos interiores’ o garante de sentir-se bem que no fundo é sentir quem você é. Isto é algo que só cada um pode descobrir por si. Encontrar-se a si próprio é tarefa de cada qual, ninguém o fará por nós.


Não cale, muito menos se cale a si próprio. Quem cala consente, ou melhor, não sente… Mas o que a mente faz por não sentir o corpo tende a reflectir. A expressar, a prensar… a expor, para nos expormos a nós mesmos… Para nos pormos a nós mesmos. A quê? Nos pormos a sentir, a pensar.


Quem cala destrói-se, cala-se e caleja-se e os calos vão endurecendo, formando uma carapaça muitas vezes muito difícil de atravessar.


E a verdade que ninguém lhe diz é que não há sentimentos bons ou maus... todos são importantes! O que pode ser negativo é a maneira como você expressa o sentimento.


Sentir raiva é comum e deve ser reconhecido como um sentimento que te mostra algo sobre si mesmo… como ter sofrido abusos físicos ou emocionais, por exemplo, por exemplo. Quando você se permite aceder à sua raiva e a acolhe, então aí começa a poder redireccioná-la (como uma energia de acção, que na essência ela é), e aí poderá conseguirá orientá-la para atitudes ou acções positivas como tomar iniciativas ou construir algo com valor para si, e é aí que percebe que a raiva, sentida num acesso episódico, pode e deve passar (os sentimentos não duram para sempre).

Exprima-se para não se expirar! E porquê? Porque é no seu mundo interior que ficam armazenadas as emoções e as programações mentais que são responsáveis por criar ou gerar as situações que você vive actualmente.

E também são responsáveis por formar couraças que impedem o fluxo natural da energia vital, gerando tensões que se estabelecem no corpo e originam desconforto, dor e outras manifestações físicas. Reavaliar maneiras de pensar e agir e reequilibrar energias emocionais ajudam a restaurar o seu bem-estar, para que você inicie um processo de reestruturação e desenvolvimento pessoal.


O ser humano deve ser contemplado como um Todo. Não fragmentado; um ser integrado nos seus vários níveis e em relação à totalidade da vida. Os níveis físico, mental, emocional e espiritual são interligados e exercem influências entre si, pelos campos de energia que os percorrem e através dos quais também se relacionam com tudo que é exterior a eles.


É importante harmonizar estes subtis mas poderosos campos de energia pessoal para que, desse centro equilibrado, a energia se expanda harmonizando tudo ao seu redor. Normalmente começamos com um primeiro passo. O identificar as manifestações físicas e emocionais mais importantes que ocorrem.


Muitas vezes, os factos que o incomodam hoje nasceram de alguma antiga história de dor ou sofrimento.

A mágoa, a raiva, a tristeza, a vergonha, o medo quando são reprimidos desestabilizam o seu equilíbrio natural e é essa carga emocional densa que não permite que o mundo lhe permita… ou, antes, que você não se permita.


O passo necessário seria transformar isso tudo, pouco a pouco, por forma a que os seus sentidos se acalmem para que comece a ser mais fácil para si vislumbrar alguma possibilidade de paz.


E a paz não está no mundo, ela só é possível em e através de si. Ao conseguirmos aceder às nossas memórias, conteúdos internos, dores emocionais não resolvidas, podemos abrir espaço para trabalhar esses aspectos, transformando os padrões “carregados” de negatividade e assim reequilibrando o campo de energia disponível para se instalar bem-estar. Crescente.


Da mesma forma que a mão fechada não consegue receber nela nada, não é possível sentirmo-nos bem sentindo-nos mal…


Ao deixarmos ‘falar’ a condição emocional adquirimos suporte para enfrentar e superar medos e limitações, trazendo a possibilidade de conduzir a sua vida com mais segurança e tranquilidade.

Quando não nos deixamos (ou forçamos a) calar, vamos recuperando e reestruturando o equilíbrio do corpo, da mente e das emoções, facilitando a aproximação com nossa própria essência, com maior valorização pessoal. E a paz é isto. Sentir paz interior. Isto é sentir-se bem.


Cada sofrimento é, na verdade, um mestre. Com ele aprendemos a aceitar (que não é o mesmo que se conformar), a perdoar (que não é o mesmo que esquecer ou se anular), a desapegar (que não é o mesmo que largar fora) e a libertar expectativas.


É a elaboração do sofrimento que o tira de uma certa zona de conforto – ou estagnação – e o leva a trilhar um caminho de reflexão e transformação, trazendo uma nova forma de ver, sentir e viver a vida.


Então aprenda a conhecer (e a Reconhecer) os seus sentimentos e a descubra qual é a mensagem que eles lhe trazem.


E você, como você lida com os seus sentimentos?






Deixar a boca abrir é sentir a alma florir (poesia? não, realidade)



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