Porque só auto-ajuda não chega?
Seja em que área for da sua vida (pessoal, profissional, social, familiar, amorosa, etc.), o facto é que “só” ler os livros está nos antípodas da arte de fazer acontecer! Como assim?
Ao contrário do que se possa imaginar, se há algo que eu e tantas outras pessoas temos aprendido com os livros que lemos é isto: ler muitos livros tem pouco ou nada a ver com ter verdadeiro bem-estar ou sucesso (seja ele qual for) na vida.
O que a maioria das pessoas me diz é que, durante muito tempo, podem deter-se a ler os mais diversos livros ou até a frequentar os mais mirabolantes cursos e retiros. Desde desenvolvimento pessoal, auto-ajuda, saúde e bem-estar, psicologia, medicina, passando por abundância, espiritualidade, gestão financeira, investimento, sucesso, concretização de sonhos, etc,.
Contudo, apesar de, na maioria das vezes, compreenderem os conceitos escritos nesses livros, as coisas pareciam não avançar como queriam e muitas vezes até ficavam piores. Já sentiu isto?
Aquela história clássica do amigo que chega e diz: "Tens mesmo de ler este livro, é brutal, vai mudar a tua vida!" Mas de facto após o entusiasmo de ler e sentir ser, sim, um bom livro, não vemos nada mudar, certo? Mas não queremos contar a ninguém porque pensamos que nós é que devemos ser um bicho raro… e os únicos para quem isto não funciona.
Bem, ler sobre o funcionamento das emoções é excelente para compreendê-las racionalmente, mas é bem diferente de vivenciar a emoção, sentir, entrar em contacto com elas e promover profundas mudanças na vida. E há coisas que não se resolvem sozinhas. Algumas vezes, é preciso alguém especializado para nos ajudar a ver os nossos pontos cegos.
Meditar é óptimo, yoga é fantástico, qualquer outra actividade de interacção social ou de “catarses” em grupo também, mas é no “outro” que realmente nos espelhamos, em especial um “outro” perante o qual as nossas máscaras sociais poderão - num espaço seguro por excelência - cair. Através de um processo de intervenção psicológica, as pessoas encontram um espaço-tempo diferente, de promoção efectiva da sua liberdade e identidade, através dessa particular relação terapêutica, em que o paciente se sentirá, progressivamente, aceite naquilo que é. E, assim, realiza-se a passagem consistente do estado de personagem a pessoa real. A vida torna-se, enfim, bastante mais alegre e animada, simplesmente porque a vida verdadeira tem todas as condições para ser isso mesmo.
A verdade é que simplesmente não fomos treinados para nos conhecermos realmente, para nos amarmos e aceitarmos tal como somos - e somos muitas pessoas dentro da mesma pessoa… gravei um vídeo sobre esta questão, pode vê-lo aqui:
Ou seja, para nos sentirmos bem, termos sucesso, estarmos em paz e com as dores do corpo e da alma saradas. Não fomos educados para isso na nossa cultura e nem na escola, e muito provavelmente, também nem pelos nossos pais (pelo menos, não no verdadeiro sentido de sucesso). Felizes os que se consideram a excepção à regra.
Dizem que conhecimento é poder, mas isso não é verdade. “E porquê, Sara?!”, perguntará o meu querido(a) leitor. Porque CONHECIMENTO é apenas PODER EM POTENCIAL. Apenas isso. É preciso saber como aplicá-lo.
E é por essa razão que a Ciência, desde há já um par de séculos, consagrou disciplinas específicas como a Psicologia para atender aos quesitos particulares da mente humana e das emoções humanas, que estão longe de serem uma coisa simples ou linear de uma inócua “formulazinha” genérica que se possa (supostamente) replicar para toda a gente. E o que é que isso quer dizer, na prática?! Bem…
-
Que há coisas que consciente/racionalmente você quer mas que inconscientemente não se permite alcançar, travando uma luta invisível e inglória dentro de si mesmo(a), na qual o único real perdedor é o suspeito do costume: você!
-
Que há alguns erros que está a cometer neste momento e que estão a impedi-lo de atingir aquilo que quer
-
Que seria bem melhor descobrir como funciona a sua mente e como gerar os resultados que pretende na sua vida
-
Que deveria saber identificar os sintomas de uma mente que não está preparada para alcançar o que deseja e que isso é precisamente aquilo que o faz constantemente boicotar a realização daquilo que quer
-
Que pode efectivamente passar a assumir o controlo da sua mente, das suas emoções e o controlo da sua vida para entrar definitivamente em acção e concretizar as mudanças, as transformações positivas que gostaria
-
Que é possível ir muito além do "sinto que tenho que mudar", para uma versão de si mesmo(a) em que o bem-estar psicológico, o equilíbrio emocional e o sucesso são inevitáveis
-
Que você poderia estar desde agora a potenciar a sua mente para tornar-se imparável, sempre que estabelecemos novas metas para a sua vida
-
Que há “n” (adoro esta expressão) exemplos práticos de pessoas cujas vidas extraordinárias foram transformadas pela forma como trabalharam a sua mente e as suas emoções, bem como a súmula de tudo isto, ou seja, o seu comportamento e os resultados reais e concretos – consolidados no tempo – que um apoio psicológico ou um acompanhamento psicoterapêutico lhe poderão proporcionar
O genial Almada-Negreiros rematou dizendo: “E de que serve o livro e a ciência se a experiência da vida é que faz compreender a ciência e o livro?” E não é…?
Então, de que nos serve o intelecto se não temos o poder de uma mão em acção… o sentir na pele… e a pulsação da vida?