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TESTEMUNHOS
Aqui partilho algumas mensagens de gratidão que venho recebendo da parte dos meus (queridos) pacientes, com alguns comentários meus, para contextualizar. São apenas alguns dos muitos testemunhos do sucesso terapêutico de casos clínicos que, por um motivo ou outro, foram também para mim particularmente especiais, em termos do seu processo e acompanhamento.
Ter acompanhado a C. em consultório foi, por diversos motivos, um processo muito especial e gratificante. Quando fechámos recentemente a nossa jornada terapêutica conjunta tivemos a grata felicidade de constatar uma série de tarefas desenvolvidas e consolidadas que corresponderam a um ciclo de desenvolvimento, de saberes, a um processo de aprendizagens (complexas e nem sempre lineares). O resultado do trabalho final provém também, e sobretudo, da constatação da própria pessoa em contribuir para o seu próprio crescimento e transformação.
E foi isto mesmo que a C. quis partilhar. A sua história certamente será uma fonte de inspiração e encorajamento para aqueles que também estão a debater-se contra desafios semelhantes.
É verdade que reconhecer que se está a sofrer de ansiedade e decidir procurar ajuda profissional não são passos fáceis, mas são essenciais para iniciar o processo de recuperação e crescimento pessoal. A sua determinação em não depender apenas de ansiolíticos e buscar uma abordagem terapêutica mostra a sua força e compromisso com o seu bem-estar emocional.
Estou honrada por ter tido a oportunidade de acompanhá-la nesta jornada de auto-conhecimento e auto-descoberta. Vê-la ganhar mais assertividade face à própria vida, à saúde (física e psicológica), amor-próprio, auto-estima, autonomia relativamente a medicamentos e controlo saudável sobre a sua ansiedade é realmente muito significativo.
O seu testemunho não só desmistifica a busca por ajuda profissional em questões de saúde mental, mas também oferece esperança e alento para aqueles que estão a lutar arduamente com questões de saúde psicológica.
Uma vez mais, querida C., obrigada por compartilhar a sua experiência e por contribuir para quebrar o estigma em torno da saúde mental. 🧡
Um presente muito especial vindo da Colômbia, feito na Amazónia e enviado da Holanda por uma paciente minha Lituana que conheci aquando da sua passagem por Lisboa, e que me agradece a nossa viagem ao centro de si.
Nas suas palavras, este colar representa a força da natureza humana e reflecte um fim de tarde calma e soalheira depois das chuvas.
Presentes de Natal, com votos de Feliz 2021, que ainda chegam em Fevereiro, e este cheio de significado, calor, uma brisa, verdadeiramente viva e gratificante, em reconhecimento desta arte do encontro humano, da ‘magia’ da aliança terapêutica, enfim, de uma boa psicoterapia.
Thank you, dear E.K.!
Momentos ímpares de presença genuína, de olhar, que deixam saudades com sabor a mar.
(Não era a mar que eu queria dizer, era amar.)
Acompanhar a J. em psicoterapia foi um processo muito interessante, desafiante e não menos estimulante (e até mesmo, em alguns momentos, “maternalizante”). O tratamento de pacientes que, em função de terem sofrido falhas precoces no desenvolvimento emocional, apresenta, muitas vezes, necessidades especiais. Mas este conhecimento clássico não diz tudo quanto à beleza e riqueza de recursos pessoais, evidenciando a importância da criação e permanência de um vínculo terapêutico distinto, particular, capaz de fazer oposição a contextos e mudanças ambientais por mais regredidos que sejam ou tivessem sido. Mas mais do que interessante, a nossa “odisseia” foi apaixonante, complexa, terna e… poética. Para dizer o mínimo.
Por incrível que pareça, como psicoterapeuta, sinto-me muito feliz e realizada quando avalio que me vou tornando desnecessária para o meu paciente, com o passar do tempo. E voltando aos conceitos “uterinos”, não deveria ser assim para toda a “boa mãe”? :-) Por mais estranho que possa soar, devemos saber qual é a hora de “soltar” a pessoa, uma vez que se isso acontece é tão somente por percebemos que ela adquiriu as próprias “asas para voar”. E isso não é tudo? Afinal, o que significa isso senão que o nosso trabalho foi bem feito? Deveríamos saber reprimir de vez o impulso natural (e lá está, de certa forma, materno) de querer colocar a cria debaixo da asa, e protegê-la de todos os erros, tristezas e perigos. Mas uma vez mais, não percamos o foco do essencial: se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária!
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. E, mesmo tratando-se de um vínculo que obedece a uma natureza e regras específicas, uma boa relação terapêutica, na sua essência mais profunda, é uma relação de amor.
Termino parafraseando, com especial comoção, a minha (agora já ex-) paciente J., neste lindo bilhete de Agradecimento que ela teve a humanidade de me oferecer:
“Obrigada por me ter mostrado o caminho para mim.
Em mim encontrei o caminho para o Amor.
Com muito amor,
J. A.”
OBRIGADA <3
Como eu costumo dizer, se há coisa altamente gratificante para mim, enquanto psicóloga, é dar por terminado um processo psicoterapêutico. Dar “alta” para mim é tão somente o culminar de uma jornada épica, muitas vezes, em que “devolvemos” a pessoa ao mundo (bem) melhor do que como aqui, no consultório, ela entrou.
Este é um dos maiores desafios dos profissionais “psi”, porque mexe muito com questões de auto-estima, de “ego” inflado, etc.. Temos que saber quando é a hora certa de sair de cena. E se essa avaliação acompanhar os sentimentos do paciente, que se mostra confiante o bastante para tentar sozinho, tanto melhor. Muitas vezes também acontece os pacientes darem-se “alta” prematura a eles próprios como resistência à terapia, algo que pode frustrar muito os psicólogos, mas temos de compreender que só podemos levar o cliente até onde ele quer ir. Geralmente, a “alta” acontece quando a pessoa tiver superado totalmente aquilo que a levou à terapia. E foi isso, justamente, que aconteceu com a R.
Neste caso, ela deixou-me aqui o seu testemunho enquanto mais um cliente satisfeito. Gestos de reconhecido agradecimento como este não acontecem todos os dias e o mais delicioso é, por vezes, virem de quem menos esperávamos…) Obrigada eu à R., por darem sentido à minha missão, bem como a todos os “meus” Bravos que chegam, ficam e vencem através desta arte sublime que se chama psicoterapia.
Enfim, em resumo, e em alusão à mensagem / bilhete da G., uma coisa é certa: os "Projectos" dos meus pacientes meus projectos são...
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