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Foto do escritorA Psicóloga Sara

5 Formas de Recomeçar e Melhorar a sua Vida

Tudo na vida merece que lhe dê uma nova oportunidade. Inclusive a você mesmo. :)


Por isso, se existem coisas que deseja ver melhoradas, se algo ou alguém não aconteceram da forma que esperava, ou mesmo se você próprio considera não ter agido correctamente com determinada pessoa, não vale a pena lamuriar-se. Em vez disso, opte por recomeçar.


E recomeçar é a palavra de ordem por estes dias, recomeçar. Porque é preciso e vale sempre a pena tentar.

Começar de novo requer sempre um “salto de fé”. Assemelha-se sempre muito a quando pintamos de fresco alguma coisa. E entre a primeira pincelada e o resultado final vai o salto de uma expectativa boa pelo que daí resultará.


Pintando novos horizontes, com o cheiro a tinta ainda fresco no ar, há a alegria de novas possibilidades e toda uma miragem de corredores amplos e abertos à sua frente.


Mas há também esse medo de falhar, de esborratar a pintura, ou de simplesmente de arregaçar as mangas e começar a pintar ou, quem sabe, de nos baldes de tinta tropeçar…


Para o ajudar a encontrar o novo fôlego tão necessário para os recomeços que estão aí à porta, aqui seguem algumas dicas sobre o que poderá fazer por si mesmo de forma a se levantar, a limpar tudo e, enfim, recomeçar.

1. Saiba gerir as suas mágoas ou arrependimentos. Todos nós, inevitavelmente, experimentamos algum tipo de arrependimento. Estes sentimentos detêm o potencial de o fazer mergulhar em momentos de ‘stress’ ou, pelo contrário, se forem processados, podem realmente funcionar como um dispositivo de regulação interna, ajudando-o a moldar as suas decisões sobre o seu futuro.


Comece por fazer um balanço dos seus pesares; na verdade, e caso isso o ajude, anote-os para que possa realmente olhar para eles. Será que eles se enquadram na categoria de “feito” ou “não-feito”, de acção ou inacção?

O que poderá aprender sobre si mesmo? O que dizem a seu respeito? Ou sobre as suas intenções futuras, olhando para o que você se arrepende de ter (ou não ter) feito?


Os arrependimentos ou as lamentações podem ser usados de forma produtiva se de alguma forma servirem para dar sentido a onde esteve ou a onde gostaria de estar.


Poderão também dar-nos pistas, informações ou impulsos para a tomada de decisões, quer sobre acções futuras ou, claro, de forma a ajudar a garantir que você não cometa os mesmos erros, novamente.


2. Aprenda a lidar com a ruminação. O ditado sobre “chorar sobre o leite derramado” é verdadeiro o suficiente, mas, para muitos de nós, conseguir saltar fora do carrossel de pensamentos repetitivos é difícil, se não mesmo impossível.


O processo de ideias em torno do “não posso” ou das coisas que tentamos suprimir das nossas mentes tem um poder imenso (sobretudo inconsciente) sobre os nossos cérebros. Acontece que quanto mais tentamos não pensar sobre determinada coisa, mais iremos realmente estar a pensar sobre isso.

Quer um exemplo rápido? Aconteça o que acontecer, pense em tudo o que quiser mas… não pense em nenhum elefante cor-de-rosa!!


OK, em menos de 2 segundos, já pensou ou acabou de pensar… e não é que não pensou em mais nada para além do elefante cor-de-rosa, não é verdade?!


A ruminação é sobretudo auto-gerada, ou seja, tende a acontecer quando estamos sozinhos, por isso, um plano para a combater é rodear-se de pessoas em quem confia ou que de facto o poderão ajudar, e expor-lhes as suas preocupações ou, se já conseguir fazê-lo, meditar.

3. Pense no seu novo objectivo em termos específicos. Esta é uma excelente estratégia e tem a ver, mais precisamente, com as capacidades de reprogramação cerebral. É brilhante de tão simples. Tem por base o princípio de que, para alcançar “grandes” objectivos, temos de nos afastar da visão mais “global” das coisas e tentar ser mais específicos possível; não as considerando tanto na sua totalidade (como um puzzle completo), mas começando pelas partes/peças que a constituem.


Isto poderá ajudar a empurrá-lo para a frente ao invés de nos “prender” para trás. Por exemplo, em vez de dizer a si mesmo “vou construir um muro”, substitua pela intenção “vou colocar o primeiro tijolo”. Ou em vez de dizer “vou aprender a tocar piano” troque-o por “vou aprender a tocar um prelúdio de Chopin”. O que acontece a partir daqui? Você vence a barreira ou os obstáculos de imaginar o “todo” nos aspectos mais desafiantes (e, às vezes, por isso mesmo mais desmotivadores) relativos ao trabalho que necessitará até chegar ao produto final, concentrando o seu esforço e energia no 1º passo, que necessariamente o levará ao 2º passo, ao 3º passo - step by step - e por aí adiante até ter atingido o seu objectivo “grande”.


4. Adopte o mindset correcto. Se a sua atitude puder ser resumida a uma espécie de mentalidade a "todo vapor", o seu foco não está definido o suficiente ou nem existe.


Pensar e planear sobre as suas metas requer uma disponibilidade mental, emocional e comportamental. Antes de passar a vida a “correr” de um lado para o outro – no modo que designamos de “piloto automático” – ou simplesmente andar à deriva, precisará focar-se numa ou duas coisas, priorizando o que é mais urgente para si de momento, de forma a não se dispersar e, consequentemente, acabar por não concretizar nada.


É durante este período de tempo que poderá parar para reunir a informação necessária para avançar, sondar a sua rede de apoio, solicitar outras opiniões e determinar a viabilidade dos seus projectos.


Este é um mindset focado na acção concreta (e não na fuga, por vezes, à própria acção que seria necessária). O optimismo é fundamental nesta fase, pois será ele que lhe dará o vislumbre das oportunidades de sucesso. E, acredite, sem optimismo não conseguirá seguir em frente.

5. Motive-se. Aproveite a sua energia, incidindo sobre as coisas que você fez que o puseram no "fluxo". E o que é o "fluxo"? É o seguinte.


Você lembra-se das situações ou momentos em que deu por si tão concentrado na realização de alguma tarefa, completamente “imerso” no que estava a fazer, chegando até a perder a noção do tempo? Mas ao mesmo tempo tinha uma sensação de grande preenchimento ou realização…?


Em poucas palavras, isto é o tal “fluxo”. Um fluir absoluto e gratificante dentro de determinada acção que poderá ser encontrado em diversas actividades, tais como a jardinagem ou a escrita, na prática de dança, desporto ou actividades físicas, ajudar pessoas ou estar com elas, ou o que mais lhe acorrer agora ao pensamento.

Seja criativo quando começar a pensar sobre o que você quer fazer e obtenha ideias concretas sobre as coisas que o colocam no “fluxo”. Existe alguma maneira de incorporar algumas dessas experiências para onde você gostaria de ir, agora?


Se quiser, diga-me tudo nos comentários. Um abraço!

Aahh...deixar ser, deixar fluir... (proeza sobrehumana?!)

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